19 fevereiro 2011

SIMPÓSIO ABEAD  2011 COM NOVA DATA

VOCÊ  NÃO PODE PERDER
Adicionar legenda

14 fevereiro 2011

RESPONSABILIDADE SOCIAL + CONSCIÊNCIA SOCIAL = AMBULATÓRIO SOCIAL

O NÚCLEO INTEGRADO já vem há alguns anos atuando dentro de uma proposta que tem como meta a redução do uso de substâncias em todas as esferas sociais.
A dependência química se caracteriza por uma pandemia que vem matando, e quando não mata desmoraliza nossa sociedade, nossas famílias e nossos jovens.
Mais uma vez pautados no conceito de que promover saúde é debelar a doença é que estão abertas as inscrições para a Clínica Social do NÚCLEO INTEGRADO 2011.
Informamos que
  • As vagas não são gratuitas, são sociais. Tem um custo de R$ 40,00 para avaliação e a partir daí o tratamento será definido com o terapeuta;
  • Disponibilizamos Ambulatório para Tratamento da Dependência Química com acompanhamento 2 vezes por semana e Ambulatório para familiares;
  • Se necessário serão realizadas avaliações médico-psiquiátricas, variando de caso a caso.
  • Também estaremos disponibilizando atendimento para Psicoterapia infantil, adolescente e adulto.

13 fevereiro 2011

ÁLCOOL - O PODER DE AMAR E MATAR




Álcool mata mais que Aids, 

tuberculose e violência, diz OMS



O álcool causa quase 4% das mortes 
no mundo todo

Parece incrível, mas  mais do que a Aids, a tuberculose e a violência,  é o álcool  segundo a  OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta sexta-feira, a principal causa de morte no mundo.
O aumento da renda tem provocado o consumo excessivo em países populosos da África e da Ásia, incluindo Índia e África do Sul. Além disso, beber em excesso é um problema em muitos países desenvolvidos, informou a agência das Nações Unidas.
No entanto, as políticas de controle do álcool são fracas e ainda não são prioridade para a maioria dos governos, apesar do impacto que o hábito causa na sociedade: acidentes de carro, violência, doenças, abandono de crianças e ausência no trabalho, de acordo com o relatório.
Cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente por causas relacionadas ao álcool, disse a OMS em seu "Relatório Global da Situação sobre Álcool e Saúde".
"O uso prejudicial do álcool é especialmente fatal em grupos etários mais jovens e beber é o principal fator de risco de morte no mundo entre homens de 15 a 59 anos", afirma o relatório.
Na Rússia e na CEI (Comunidade dos Estados Independentes), uma em cada cinco mortes ocorre devido ao consumo prejudicial, a taxa mais elevada do planeta.
A bebedeira, que muitas vezes leva a um comportamentos de risco, agora é prevalente no Brasil, Cazaquistão, México, Rússia, África do Sul e na Ucrânia, e está aumentando entre outras populações, segundo a OMS.
"Mundialmente, cerca de 11% dos consumidores de álcool bebem bastante em ocasiões semanais; os homens superam as mulheres em quatro a cada uma. Eles praticam constantemente um consumo de risco em níveis muito mais elevados do que as mulheres em todas as regiões", disse o relatório.
Em maio passado, ministros da Saúde dos 193 países-membros da OMS concordaram em tentar conter o consumo excessivo de álcool e de outras formas crescentes do uso excessivo por meio de altos impostos sobre bebidas alcoólicas e restrições mais rígidas de comercialização.
Ressalto que os altos índices dos quadros de cardiopatias, diabetes, disturbios de ansiedade, depressão entre outros transtornos do humor muitas vezes estão relacionados ao uso abusivo do álcool . 
É importante que profissionais de saúde possam ter um olhar diferenciado na hora de se fazer um atendimento e um diagnóstico de uso/abuso de álcool correto para um melhor procedimento.
E que não tenham como medida paliativa o uso de benzodiazepínicos indiscriminadamentente,  que só cronificam o uso  e agravam a progressão do alcoolismo.   

08 fevereiro 2011

SÉRIE CRIANÇAS E PREVENÇÃO

Tenho recebido diversas matérias encaminhadas pelo Conselho Municipal Anti Drogas sobre a criação de nossos filhos, o papel da família na formação de nossos jovens, os limites.
Conseqüentemente alguns fatos nos levam a refletir no porque de que apesar de tanta informação, de tanto avanço no conhecimento científico em torno do comportamento humano, parece que cada vez estamos enfrentando mais problemas como buling, drogas, transtornos comportamentais e emocionais dos mais diversos e mais precoces.   
Bom como não gosto de refletir sozinha e como sempre digo que:  quem sonha um sonho sozinha acaba virando um pesadelo, vamos juntos transformar essa história, essa geração e quem sabe essa nação
Vão passando, a união faz a força. O seu com o meu faz o nosso sonho de um mundo melhor.


 O que estraga nossas crianças?
Seis especialistas opinam sobre os maiores problemas dos pais na educação dos filhos atualmente
Clarissa Passos, iG São Paulo | 18/06/2010 08:43



Compartilhar:

Foto: Getty Images

Infância idealizada: pais erram ao tentar a todo custo poupar os filhos de frustrações


John Robbins é um autor norte-americano responsável por alguns best sellers - como "The New Good Life" e "Diet for a New America", ainda não publicados aqui - e colunista do Huffington Post. Ativista anticonsumo, ele publicou recentemente um artigo que toca em um ponto crucial da sociedade contemporânea: o que está estragando nossas crianças? Fomos ouvir vários especialistas, de diferentes áreas, para descobrir.
1. Excesso de consumo
Para o próprio John Robbins, de acordo com artigo publicado no Huffington Post, o problema passa longe do que alguns erroneamente classificam como "excesso de amor". Ele aponta a cultura de consumo como verdadeira responsável pelo problema. "O que estraga as crianças é o fato de que as ensinamos a preencher seu vazio a partir de fora, comprando coisas e fazendo atividades, em vez de aprender como se preencher por dentro, fazendo boas escolhas e desenvolvendo a criatividade", escreve.
2. Ausência forçada do pai
Segundo Mirian Goldenberg, antropóloga e autora de "Toda mulher é meio Leila Diniz" (Ed. BestBolso), a ausência da figura paterna é o maior problema para a geração atual de crianças. E essa ausência, muitas vezes, é causada pela própria mãe, ainda que ela seja casada com o pai. "Muitas mulheres vivem a maternidade como um poder que não querem compartilhar e percebem os homens como meros coadjuvantes — ou até mesmo figurantes — em um palco em que a principal estrela é a mãe", diz Mirian. "No entanto, não existe absolutamente nada na 'natureza' masculina que impeça um pai de cuidar, alimentar, acariciar, acalentar e proteger seu bebê, assim como não há uma 'natureza' feminina que dê à mãe a autoridade de se afirmar como a única capaz de cuidar do recém-nascido".
3. Competição entre os pais
A pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da Pontifícia Universidade de São Paulo, vê vários fatores que podem estragar as crianças, mas ressalta um deles: a mudança na estrutura familiar. Muitos pais que trabalham fora se eximem de suas responsabilidades como educadores e não têm nenhum controle sobre os filhos. "As crianças se aproveitam e os pais competem entre si, para ofertar coisas aos filhos", comenta.


4. Tentativas de compensaçãoA ausência dos pais por conta de trabalho não é necessariamente um problema em si. O erro, alerta o pediatra antroposófico e neonatologista Sergio Spalter, é tentar suprir essa ausência com concessões que visam evitar 100% a frustração da criança. A criança aprende, assim, que para conseguir qualquer coisa basta chorar. "O problema é que, na vida futura, muitas vezes não haverão concessões, e uma pequena frustração poderá significar um grande problema para aquele jovem, que passará a desistir dos desafios", diz Spalter.

5. Excesso de fast food
A nutricionista Daniela Murakami, da Nutrir e Brincar - Assessoria e Consultoria em Nutrição Infantil, destaca um lugar onde facilmente se pode estragar uma criança: a mesa. Pais que optam pela comida fácil, rápida e pouco nutritiva das redes de fast-food ou de congelados para agradar seus filhos (e ter menos trabalho) podem estar plantando uma semente perigosa. "Esses 'mimos' são um risco para a saúde das crianças, pois elas passam a ingerir alimentos muito calóricos, com alto teor de gordura, sódio e açúcar refinado e não aceitam alimentos importantes, como frutas, verduras e legumes", explica. "Sentar-se com maior frequência à mesa e ter suas refeições com os filhos, pedir a ajuda da criança para preparar algum alimento, fazer um piquenique saudável no parque são formas 'inteligentes' de mimar as crianças, sem, contudo, estragá-las", completa ela.
6. Insegurança dos pais
Cada geração tenta reparar os erros da geração anterior - e, assim, a geração atual de pais, criada ouvindo muito "não", tem uma dificuldade em impor limites aos filhos. Perdidos na idealização de uma infância plenamente feliz, eles querem conselhos e orientações de médicos e da escola para tomar qualquer atitude com a criança. "Que lugar sobrou para os pais? Eles são meros executores dos conselhos e recomendações da escola e do médico? Isso fala de uma falta de confiança na própria experiência, no saber adquirido justamente quando eles eram crianças", explica Adela Stoppel, professora do curso de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientiae. Para Adela, ser pai implica assumir certos riscos, se responsabilizar pelas decisões sobre a educação de filhos, colocar em prática convicções pessoais, ideais e crenças. "Nossos filhos esperam que nós lhes digamos o que achamos e o que não achamos bom com base em nossa própria experiência", conclui.

CURADOR FERIDO


  Aonde chega a  Doença da Negação

Medatual - Por Camila Miquelim

Filho de Apolo, deus da saúde, Asclépio foi tirado do ventre de sua mãe no momento em que ela se encontrava na pira funerária. Por sua vitória sobre a morte, tornou-se o deus da medicina. No entanto, o que poucas pessoas sabem é que foi o centauro Quirón que lhe ensinou tudo o que sabia sobre a arte médica. Paradoxalmente, este, que dominava os poderes curativos de diversas ervas conseguindo curar qualquer doença, tinha, na verdade, uma ferida incurável, causada por uma flecha envenenada que o atingiu enquanto tentava salvar outro centauro. Eis o mito que assombra parte dos profissionais de saúde: o curador que não consegue se curar.
Assim como na mitologia grega, diversos profissionais, para fugirem do estresse do dia-a-dia, embarcam em um caminho perigoso e difícil de voltar. O uso de drogas por médicos e residentes ainda é um tabu na sociedade como um todo, o que dificulta o tratamento dos usuários.
Em 1903, o JAMA (Journal of the American Medical Association) já apontava a necessidade de estudar os aspectos psíquicos dos médicos. Segundo o editorial, os profissionais de saúde, para escaparem de seus problemas, desenvolviam uma série de mecanismos, como o uso de drogas, mudanças comportamentais, até, finalmente, chegarem ao suicídio. Cem anos depois, um novo artigo homônimo mostrou que nada tinha sido feito para aliviar os problemas médicos desde então, e que o nível de dependência química havia evoluído a altos níveis em relação à população.
Assim como o antigo provérbio, “Médico, cura-te a ti mesmo” (Lucas 4:23), a realidade traz como dissonância dois fatores: para conquistar a cura, é necessário acreditar que se está doente e que apenas um profissional capacitado é capaz de lhe ajudar. Essa é uma das maiores dificuldades médicas. “Infelizmente, alguns médicos são prepotentes, acham que podem tudo e não buscam ajuda porque acreditam que estão sob controle”, afirma Daniel Cordeiro, psiquiatra da Unidade Pública de Tratamento de Dependência de Drogas do Estado de São Paulo. “Um médico costuma procurar ajuda não quando percebe que está viciado em algum medicamento ou droga, mas porque, provavelmente, a ‘casa caiu’”, complementa Alessandra Diehl, médica psiquiatra, coordenadora da enfermaria de dependentes químicos da UNIFESP. “Geralmente, alguém descobriu o problema ou o próprio médico não conseguiu realizar algum procedimento. Nesses casos, quando ele chega até nós, já está, infelizmente, em um estágio muito grave”, explica a especialista.
Entre as drogas mais usadas pelos profissionais de saúde, estão álcool, tabaco, maconha, alucinógenos, cocaína, anfetamina, anticolinérgicos, solventes, tranquilizantes, opiáceos, sedativos e barbitúricos.
De acordo com Cordeiro, uma colega de profissão, paciente de Alessandra, tomava anfetamina havia 15 anos e só parou porque estava entrando em estado psicótico. “Ela teve várias oportunidades de procurar ajuda, mas só buscou porque estava ouvindo vozes”, afirma. Casos de automedicação e autoprescrição são comuns.
Segundo recente estudo publicado na revista da Associação Médica Brasileira, feita por Hamer Alves, pesquisador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD), do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP, e professor responsável pelo Curso de Especialização em Dependência Química via Internet, a substância mais consumida é o álcool associado às drogas (36,8%). Das pessoas estudadas, 34,3% declararam usar apenas álcool, e 28,3%, somente drogas. Foram coletados dados de 198 médicos em tratamento ambulatorial por dependência química, por meio de um questionário. A maioria dos indivíduos eram homens (87,8%), casados (60,1%) e com idade média de 39,4 anos. Destes, 66% já tinham sido internados devido ao uso de álcool e/ou drogas. Ainda segundo a pesquisa, as especialidades que detêm mais usuários são Clínica Médica, Anestesiologia e Cirurgia.
O estudo também mostrou que o usuário leva cerca de um 3,7 anos entre a identificação do problema e a procura do tratamento. Entre os pesquisados, 30,3% buscaram terapia de forma voluntária. Quase um terço dos deles teve problemas no casamento, sofreram com o desemprego, se envolveram em acidentes automobilísticos e tiveram problemas profissionais, alguns, inclusive, junto aos Conselhos Regionais de Medicina. “Levando em conta a pressão e o estresse no trabalho médico, é como se o profissional usasse a droga como uma forma de compensação”, afirma Cordeiro.
Muitas vezes, as pessoas ao redor veem o problema, mas preferem se omitir acreditando estar fazendo bem ao colega. “Observamos, em diversas ocasiões, que um médico não quer falar do outro porque isso pode soar como denúncia”, diz Alessandra. “E ele também não quer ser responsável caso o colega perca o emprego ou tenha problemas com o Conselho Regional de Medicina. Então, prefere ficar em silêncio, ainda que saiba do problema.”
A família também pode dificultar o processo de tratamento. “A um paciente, residente do primeiro ano de Anestesia, foi prescrita internação. Seu pai, porém, não o deixou ser internado, pois, com isso, perderia a residência”, conta Cordeiro. “Eles não querem encarar o problema. Sua mãe o encontrou convulsionando no banheiro de casa, e ainda assim decidiram não interná-lo”, revolta-se.
Segundo ambos os médicos, o uso de drogas comumente chega a um determinado estágio que se torna um ciclo vicioso. “Acontece muitas vezes de, por exemplo, o médico querer parar de beber para não fazer uma cirurgia embriagado, mas se não beber, suas mãos tremem…”, conta Cordeiro. “Já tive um paciente, pediatra, que chegou a confessar não ter se lembrado do que prescreveu aos seus pacientes”.
As drogas mais usadas ainda são as de prescrição médica, no entanto há casos de maconha, cocaína ecrack. “Podemos ver que o uso de crack está se alastrando na população. E, claro, os médicos não ficam de fora…”, afirma Alessandra. “Temos o caso de uma médica em tratamento que estava, inclusive, em situação de rua. E ela só veio buscar ajuda porque foi estuprada e levou uma surra de um traficante. Essa é uma condição extrema, por exemplo.”
Profilaxia
É importante alertar sobre o uso de drogas desde quando o estudante entra na faculdade de medicina. Pesquisa publicada na revista Addictive Behaviors, em 2008, revelou que, entre os estudantes, o álcool é a substância mais usada. Cerca de 80% dos homens e 72,5% das mulheres declararam o consumo. Entre os primeiros anos acadêmicos, há um crescimento no uso de maconha entre os rapazes, já as mulheres acabam, nos últimos anos, fazendo mais uso de tranquilizantes (de 3,4% no primeiro ano para 11,4% no quarto ano). “É um absurdo que futuros médicos usem drogas logo na entrada da faculdade”, diz Cordeiro. “No trote, por exemplo, há vários casos de excessos. Temos de alertar desde essa época sobre os riscos e os cuidados que todos devem ter. É necessário combater o uso de drogas em todos os cursos, principalmente nos que envolvem futuros profissionais de saúde.”


  Matéria encaminhada pelo COMAD RJ