20 outubro 2006

A FAMÍLIA EM TRATAMENTO

Um dos principais objetivos no atendimento 'a Síndrome da Dependência Química, é propiciar abstinência a nossos pacientes.

Também temos como foco a abstinência de nossos jovens que se encontram em situaão de uso-abuso para que não venham a desenvolver a patologia.

As intervenções baseadas na família destes adolescentes deve ser o da reconstrução do vínculo emocional dos pais em relação ao jovem, de forma a atender às necessidades de ambos.

Quando a relação familiar se torna por demais conflituosa devido ao uso de drogas o auxílio terapêutico aos familiares torna-se imprescindível para o resgate da harmonia.

Os objetivos do grupo de apoio familiar é :

  • Explicitar motivos e estratégias de abordagem terapêutica
  • Transmitir conceitos básicos sobre drogas, efeitos e vias de administração,
  • Discutir dificuldades físicas (dependência, tolerância e síndrome de abstinência) e psicológicas para se atingir a abstinência,
  • Auxiliar no processo de aceitação de sua impotência perante o desejo do outro
  • Reconhecer os sentimentos do familiar em relação ao dependente,
  • Levar em conta os sentimentos que os dependentes provocam no âmbito familiar, para que esses possam ser compreendidos e atuem de forma a auxiliar no tratamento;
  • Definir metas específicas para cada familiar, com orientação do terapeuta, que possa auxiliar a recuperação da estrutura familiar,
  • Orientar sobre prevenção e gatilhos que antecedem a recaída, a fim de que percebam os vários motivos que podem levar a uma recaída,
  • Apontar comportamentos indicativos do consumo de drogas / álcool, favorecendo a troca de experiências entre os familiares que constataram o consumo/dependência e familiares que não tinham a mesma convicção,
  • Explicitar a dinâmica do processo de modificação do dependente / usuário para a abstinência em suas respectivas fases emocionais,
  • Discutir a adequação de condutas que podem melhorar ou piorar o prognóstico tanto do dependente como da família, na busca de suas potencialidades,
  • Resgatar as forças existentes por trás de cada família e o seu poder de resiliência (capacidade de reagir às adversidades),
  • Oferecer ferramentas para atuar de forma assertiva com seu familiar dependente ,

É importante clarificar que a intervenção do terapeuta não se faz no indivíduo e sim na relação que ocorre entre os pares,

Que para participar do Grupo de Apoio Familiar não é necessário vínculo de sangue e mais do que isso é importante o vínculo de amor para com aquele que sofre, e que podem ser integradas pessoas que mantêm vínculo estreito e próximo com o dependente /usuário.

Todo tratamento tem que ter começo, meio e fim e o tratamento do uso abusivo ou dependência de drogas não é diferente, e a família é imprescindível neste momento.

O indivíduo não deve ser tratado sem a família, porque a droga não afeta só o indivíduo, mas a toda a família, e o uso ou a motivação para o não-uso também vem da complexidade familiar, e embora muitos vejam a família como fator de proteção, ela também pode funcionar como fator de risco.

Para maiores informações contactar 3553-6442

Texto de Fernanda Magalhães

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