30 dezembro 2010

Polêmica envolvendo 'expulsão' de alunos divide opinião de educadores



Pais vão processar colégio do Rio após suposto uso de droga pelos filhos.
Escola Britânica informou que 'não tem nada a declarar' sobre assunto.

Do RJTV
"expulsão" de três alunos da Escola Britânica, da Zona Sul do Rio, está dividindo a opinião de educadores. Segundo o advogado das famílias, Nélio Machado, os estudantes, de 15 e 16 anos, são acusados pelos professores de fumar maconha durante uma excursão da escola para Pouso Alto, no Sul de Minas Gerais.
"Acho que isso é um assunto que tem que ser bem discutido. Não há dúvida de que estes alunos praticaram um ato ilegal. A escola tem a responsabilidade de dar um bom exemplo para todos os outros alunos, inclusive para a sociedade", disse o pediatra Lauro Cordeiro.
Já para a pedagoga da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Miriam Paura, a escola deveria rever a decisão. Ela afirma que a instituição resolveu apenas seu próprio problema.
"É preciso pensar no aluno que está em processo de formação. Ele não está na escola apenas para aprender a ler, escrever e contar, mas sim para formar-se cidadão. E a escola deveria rever essa atuação como uma forma de dar a este aluno melhores condições para esta formação de qualidade", explicou.
Os pais dos alunos vão processar o colégio após serem informados de que os filhos não poderiam se rematricular no próximo ano. Procurada pelo G1, a direção da Escola Britânica se limitou a dizer que “não tem nada a declarar sobre o assunto”. A instituição tem mensalidades que variam de R$ 2.071 a R$ 3.553.
Essa é a matéria em pauta nos últimos dias e como sempre um movimento reativo em função do  ato já concretizado. Como  disse a pedagoga estamos num processo de formar seres humanos, e via de regra precisamos lidar com regulamentações previstas e humanizadas com o intuito de formar com princípios e valores que preconizem respeito, ética, tolerância, solidariedade, paciência. Infelizmente são esses os princípios básicos de uma sociedade saudável que a droga vem matando. 
Mas não é preciso se usar droga para se perder esses princípios e valores. É preciso que eu invista em preconceito, em idéias preconcebidas, que forma o jovem para o ontem achando que tenho com instituição secular o controle da situação.
Falo isso por conhecimento de causa pois comecei minha caminhada com a prevenção numa instituição tradicional como o Colégio Militar, mas na qual foram quebrados preconceitos, barreiras e o jovem foi visto como um jovem vulnerável. Pois não é a Escola a vulnerável e sim o jovem, o adolescente no seu processo normal de descobertas, e infelizmente no meio dessas descobertas NÓS oferecemos opções como o Álcool e depois entram outros anestésicos comportamentais para lidar com o mundo e com meu dia-a-dia. 
         

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