Pais vão processar colégio do Rio após suposto uso de droga pelos filhos.
Escola Britânica informou que 'não tem nada a declarar' sobre assunto.
A "expulsão" de três alunos da Escola Britânica, da Zona Sul do Rio, está dividindo a opinião de educadores. Segundo o advogado das famílias, Nélio Machado, os estudantes, de 15 e 16 anos, são acusados pelos professores de fumar maconha durante uma excursão da escola para Pouso Alto, no Sul de Minas Gerais.
"Acho que isso é um assunto que tem que ser bem discutido. Não há dúvida de que estes alunos praticaram um ato ilegal. A escola tem a responsabilidade de dar um bom exemplo para todos os outros alunos, inclusive para a sociedade", disse o pediatra Lauro Cordeiro.
Já para a pedagoga da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Miriam Paura, a escola deveria rever a decisão. Ela afirma que a instituição resolveu apenas seu próprio problema.
"É preciso pensar no aluno que está em processo de formação. Ele não está na escola apenas para aprender a ler, escrever e contar, mas sim para formar-se cidadão. E a escola deveria rever essa atuação como uma forma de dar a este aluno melhores condições para esta formação de qualidade", explicou.
Os pais dos alunos vão processar o colégio após serem informados de que os filhos não poderiam se rematricular no próximo ano. Procurada pelo G1, a direção da Escola Britânica se limitou a dizer que “não tem nada a declarar sobre o assunto”. A instituição tem mensalidades que variam de R$ 2.071 a R$ 3.553.
Essa é a matéria em pauta nos últimos dias e como sempre um movimento reativo em função do ato já concretizado. Como disse a pedagoga estamos num processo de formar seres humanos, e via de regra precisamos lidar com regulamentações previstas e humanizadas com o intuito de formar com princípios e valores que preconizem respeito, ética, tolerância, solidariedade, paciência. Infelizmente são esses os princípios básicos de uma sociedade saudável que a droga vem matando.
Mas não é preciso se usar droga para se perder esses princípios e valores. É preciso que eu invista em preconceito, em idéias preconcebidas, que forma o jovem para o ontem achando que tenho com instituição secular o controle da situação.
Falo isso por conhecimento de causa pois comecei minha caminhada com a prevenção numa instituição tradicional como o Colégio Militar, mas na qual foram quebrados preconceitos, barreiras e o jovem foi visto como um jovem vulnerável. Pois não é a Escola a vulnerável e sim o jovem, o adolescente no seu processo normal de descobertas, e infelizmente no meio dessas descobertas NÓS oferecemos opções como o Álcool e depois entram outros anestésicos comportamentais para lidar com o mundo e com meu dia-a-dia.
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